Coleção de Papéis de Parede 202510

Sob o sol do Rajastão, região do noroeste da Índia, o som de centenas de milhares de passos e cascos ressoa pelo deserto. Por sete dias, a Feira de Camelos de Pushkar transforma a cidade em um caleidoscópio de cores, aromas e sons. Considerada uma das maiores celebrações rurais do país, ela reúne comércio, tradição e festa. Famílias de vilarejos distantes se unem a turistas e comerciantes, lotando ruas e barracas que exibem tecidos tingidos, utensílios e temperos, enquanto o aroma de especiarias e incenso se espalha pelo ar.

Na ilha portuguesa da Madeira, a Floresta do Fanal parece emergir da névoa que a envolve. Ela integra a Floresta de Laurissilva, um Patrimônio Mundial da UNESCO com cerca de 15 mil hectares. É um raro fragmento de um ecossistema que surgiu há quase 20 milhões de anos e hoje sobrevive apenas em alguns arquipélagos do Atlântico, conhecidos como Macaronésia — incluindo Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde.

Imagine um país em que escolas não abrem, estradas se desgastam sem reparo, certidões deixam de ser emitidas, vacinas não chegam aos postos e tribunais permanecem silenciosos. Esse seria o vazio sem servidores públicos — mais de 12 milhões de homens e mulheres que mantêm a vida coletiva em andamento, quase sempre longe dos holofotes.

O corvo-de-bico-grosso é o maior corvo do mundo e ilustra nossa imagem de hoje. É encontrado nas montanhas da Etiópia, Eritreia e Somália, entre 1.500 e 3.400 metros de altitude. Mede cerca de 70 centímetros e pesa mais de um quilo, sendo 25% mais pesado que o corvo-comum. Seu bico arqueado, claro na base e com cerca de nove centímetros, é o maior entre as aves que pousam em galhos.

Nada como um campo cheio de abóboras esperando para serem colhidas, como vemos na imagem de hoje. Esses frutos conquistaram espaço em diversas tradições e têm grande presença na cultura brasileira, tanto na culinária quanto na agricultura. Aqui, variedades como a cabotiá (abóbora japonesa) são amplamente cultivadas e consumidas em pratos típicos como doces, purês, sopas e refogados. Além disso, com a popularização do Halloween, o uso decorativo da abóbora também tem crescido em algumas regiões do país.

Hoje, entramos na Reserva de Martimoaapa, na Finlândia, onde extensos pântanos e turfeiras de clima frio se espalham por uma paisagem moldada ao longo de milhares de anos. As turfeiras são áreas úmidas onde a vegetação se decompõe lentamente, formando turfa, um material orgânico que armazena carbono e sustenta ecossistemas únicos. Esta reserva é mais do que natureza — ela guarda história.

A foto de hoje mostra o RMS Queen Mary, atracado em Long Beach, na Califórnia, Estados Unidos — um navio que carrega não apenas história, mas também mistério. Quando zarpou em sua viagem inaugural, em 1936, partindo da Inglaterra com destino final em Nova York, ele rapidamente se tornou um ícone dos mares. Quebrou recordes de velocidade e transportou celebridades, membros da realeza e autoridades.

Belezas naturais que parecem saídas de um sonho: assim é a Chapada Diamantina. Criado em 1985, o Parque Nacional da Chapada Diamantina completa 40 anos de preservação este ano. Localizado no coração da Bahia, o parque é um dos destinos mais impressionantes do ecoturismo brasileiro, com cerca de 152 mil hectares de paisagens inspiradoras.

Na Bulgária, nas encostas ocidentais das Montanhas Balcãs, as Rochas de Belogradchik, que ilustram nossa imagem de hoje, se erguem como uma galeria natural onde cada formação conta uma história. Modeladas ao longo de milhões de anos pela erosão, essas colunas de arenito e calcário se torcem e se elevam em contornos que os moradores juram lembrar pessoas, animais e até cenas inteiras. Por isso, nomes como “O Cavaleiro”, “A Estudante” e “Os Monges” se tornaram populares — é uma paisagem onde identificar formas parece um jogo de mímica da natureza.

O Diwali é um dos festivais mais importantes da tradição hindu, celebrado com brilho, cores e alegria. Simboliza a vitória do bem sobre o mal, marcando o retorno do príncipe Rama à cidade de Ayodhya após derrotar o rei-demônio Ravana — uma história que representa coragem, justiça e união. Muitas pessoas homenageiam Lakshmi, deusa da prosperidade e boa sorte, vista como fonte de riqueza e harmonia nos lares. Em algumas regiões da Índia, também se celebra Kali, deusa associada à força, proteção e renovação espiritual.

Como seria bom passar o dia inteiro relaxando, sem fazer absolutamente nada, não é mesmo? É exatamente isso que os bichos-preguiça fazem, e hoje celebramos esse estilo de vida no seu Dia Internacional.

De meados de agosto até o fim de outubro, o estado de Minnesota, nos Estados Unidos, traz consigo a promessa crocante da temporada de maçãs. Pomares por todo o estado abrem suas fileiras de variedades cultivadas por seu sabor, resistência e charme. A imagem de hoje captura esse momento: galhos carregados de frutos maduros, prontos para a colheita.

Nossa imagem do dia é Silbury Hill, na Inglaterra — uma colina que guarda um mistério de 4.500 anos. À primeira vista, parece apenas parte da paisagem rural, mas trata-se do maior monte pré-histórico da Europa, construído manualmente por gerações. Seria um local cerimonial, um marcador astronômico ou um símbolo de comunidade? A arqueologia nos mostra que, muitas vezes, as perguntas são tão valiosas quanto as respostas.

Aninhada na Rock River Canyon Wilderness, nos Estados Unidos, a cachoeira Rock River Falls, nossa imagem de hoje, é cercada por geleiras, florestas densas e história. Na Península Superior, no norte do estado de Michigan, exploradores europeus que chegaram no início do século XVII foram seguidos por imigrantes finlandeses, suecos e franco-canadenses no auge da mineração e da madeira no século XIX. Hoje, essa região abriga apenas 3% da população de Michigan, preservando sua natureza quase intacta.

No silêncio das florestas nevadas da Rússia, este lince-euroasiático transmite a serenidade de quem sabe que está no topo. Também conhecido como lince-europeu, é o maior dos quatro tipos de lince que existem pelo mundo, podendo ultrapassar um metro de comprimento e pesar mais de 30 quilos. Assim como jaguares e jaguatiricas das florestas brasileiras, é noturno: durante o dia, descansa entre troncos e sombras; à noite, é hora de caçar. O felino move-se com a força e precisão de um predador nato — suas patas almofadadas permitem caminhar sobre neve profunda em silêncio e sem esforço, perseguindo cervos, lebres e esquilos.

Hoje é dia de olhar para o chão e descobrir universos que acontecem sem ninguém notar — é o Dia Internacional do Cogumelo! A data celebra esses organismos surpreendentes: do clássico cogumelo vermelho com pintas brancas, passando pelos que brilham na escuridão Amazônica, ao cordyceps, que se aloja em insetos e influencia seu comportamento.

Já imaginou viver em um cenário de filme? Em Oia, na Grécia, você pode. Parte do arquipélago de Santorini, a vila que vemos aqui já apareceu em produções como "Tomb Raider" e "Quatro Amigas e um Jeans Viajante", graças aos penhascos dramáticos e às casas cicládicas — cubos brancos de telhado plano. Suas paredes azuis e brancas não são apenas estéticas: o cal ajuda a captar água da chuva. Frescas no verão e aquecidas no inverno, foram esculpidas nas falésias vulcânicas no final do século XIX.

Na imagem de hoje, as águas velozes atravessam as formações rochosas do desfiladeiro Wimbachklamm, localizado no Parque Nacional de Berchtesgaden, na região da Baviera — o maior estado alemão. Por cerca de duzentos metros, o rio forma pequenas cascatas, esculpindo a montanha e revelando camadas coloridas com milênios de história geológica. Passarelas de madeira conduzem os visitantes rente às paredes úmidas, até a abertura dramática do Vale Wimbach.

Os balões que vemos na imagem não são um brinquedo comum: começaram sua vida como parte de uma planta. São cabaças, frutos ocos de uma trepadeira conhecida como porongo, usadas há séculos como recipientes, cuias e até instrumentos musicais. Nas mãos habilidosas de artesãos, ganham um novo destino; cada fruto é limpo, lixado e pintado com tons e desenhos delicados. Nenhum desses balões é igual ao outro; cada detalhe preserva a singularidade do gesto humano que o criou.

Os pássaros não precisam de passaporte nem mala — podem simplesmente abrir as asas e partir. Duas vezes por ano, bilhões de aves migratórias cruzam o planeta, voando milhares de quilômetros entre locais de reprodução e regiões mais quentes para passar o inverno. Essa jornada impressionante é celebrada no Dia Mundial das Aves Migratórias, realizado no segundo sábado de maio e outubro.

Na imagem, vemos a ilha de Monuriki, uma pérola escondida no arquipélago de Mamanuca, em Fiji, no Oceano Pacífico Sul. Cercada por um recife de coral vibrante, essa pequena ilha — que mede cerca de um quilômetro de comprimento por 600 metros de largura — é famosa tanto por sua paisagem intocada quanto por ter sido cenário do filme “Náufrago”. Embora não tenha moradores, está longe de ser sem vida: seus recifes funcionam como uma fortaleza natural, protegendo a ilha das tempestades e abrigando uma rica diversidade marinha.

À medida que a Semana Mundial do Espaço chega ao fim, o cosmos continua nos inspirando a olhar para cima com admiração. Imagine nuvens que não flutuam pelo céu, mas se estendem pelo próprio espaço e embalam o nascimento de novas estrelas. É exatamente isso que o Telescópio Espacial James Webb, da NASA, revelou ao fotografar os Pilares da Criação, mostrados na imagem do dia com cores e detalhes jamais vistos.

Com seu jeito curioso e seus oito braços cheios de habilidade, esta fascinante criatura ganha os holofotes no Dia Mundial do Polvo. Ao celebrarmos sua inteligência notável, lembramos que nem mesmo esses gênios marinhos estão imunes a ameaças como mudanças climáticas e poluição. Proteger seus habitats é essencial para garantir o futuro dos nossos oceanos.

No interior do Rio Grande do Sul, São Miguel das Missões é um lugar onde o passado parece respirar entre ruínas de pedra avermelhada. O que hoje encanta os visitantes são os vestígios de uma antiga aldeia construída entre os séculos XVII e XVIII, parte de um projeto de integração entre europeus e povos indígenas.

Sob a lua cheia que marca o outono na China — enquanto aqui é primavera — um arrepio percorre o corpo, não pelo frio, mas pela beleza e simbolismo dessa época. Um dos feriados mais queridos do país, o Festival da Lua, ou Festival do Meio do Outono, dá um toque mágico ao fim da temporada de colheita. É celebrado no 15º dia do oitavo mês lunar do calendário chinês, que neste ano ocorre em 6 de outubro. Segundo a lenda, é esta a noite em que a deusa da lua, Chang’e, observa o mundo.

Discreta, silenciosa e de olhar penetrante, a coruja sempre foi símbolo de sabedoria. A imagem de hoje traz o mocho-funéreo, uma pequena espécie de hábitos noturnos e arborícolas, conhecida por sua aparência reservada. Com cabeça arredondada e olhos atentos, habita florestas boreais e subalpinas da América do Norte, Europa e Ásia, sendo rara em regiões tropicais como o Brasil.

De 4 a 10 de outubro, a Semana Mundial do Espaço nos convida a transcender os limites da Terra e perseguir as estrelas. Criada a partir do lançamento do Sputnik 1 em 1957 e da assinatura do Tratado do Espaço Sideral em 1967, a semana celebra a ciência, a descoberta e o desejo humano de ir além. Durante esses dias, escolas realizam experimentos, planetários despertam a curiosidade e telescópios conectam nosso olhar a galáxias distantes.

A névoa se espalha, as águas cintilam e a história permanece — bem-vindo a Glen Brittle, nossa imagem do dia. Localizado na Ilha de Skye, a lendária "Ilha da Névoa" da Escócia, este vale se estende por uma vasta paisagem coberta por urze. A planta, típica das regiões montanhosas, floresce em tons suaves, criando um tapete natural que transforma o cenário. A região vibra com ecos do passado: dinossauros deixaram pegadas nesses penhascos muito antes de caçadores mesolíticos seguirem seus riachos, há mais de oito mil anos. No século IX, vikings noruegueses se estabeleceram por ali.

Além da água, os rios carregam vida e histórias. São a contribuição sempre em movimento da natureza para nossas paisagens — como o Snake River, que vemos na imagem de hoje, serpenteando pelo Parque Nacional de Grand Teton, em Wyoming, Estados Unidos. As águas calmas refletem a cordilheira, enquanto alces e águias-carecas prosperam. Ali, a água flui livre, protegida pela Lei dos Rios Selvagens e Cênicos, assinada em 1968 — uma promessa de que certos rios correrão selvagens para sempre. O Snake River foi incluído nessa lista em 2009, garantindo que seus reflexos permaneçam intocados.

Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, em Pernambuco, é conhecido por suas piscinas naturais de águas claras e mornas. Elas se formam entre os recifes de corais e podem ser visitadas em passeios de jangada durante a maré baixa. O visual impressiona: peixes coloridos nadam entre os corais, muito sol e areia branquinha, como vemos na imagem de hoje.

Na imagem do dia, vemos um coala repousando entre os galhos de eucalipto no Parque Nacional Great Otway, na Austrália. Os coalas, que não existem naturalmente no Brasil, são um exemplo fascinante de como a vida selvagem se adapta de forma única ao seu ambiente. Com corpos robustos, orelhas peludas e narizes pretos aveludados, esses marsupiais são parentes próximos dos vombates.