Todo 29 de junho, o Dia Internacional dos Trópicos nos convida a olhar com atenção para essa faixa vibrante da Terra, situada entre os Trópicos de Câncer e de Capricórnio. É nela que vive quase 40% da população mundial e onde se concentra cerca de 80% da biodiversidade global. Rica em culturas, paisagens e histórias, essa região também enfrenta desafios urgentes, como o desmatamento, o aquecimento global e a urbanização acelerada.

Foi em Nova York, em 28 de junho de 1969, que a história mudou de rumo. Naquela madrugada, após mais uma batida policial no bar Stonewall Inn, a comunidade LGBTQIA+ decidiu reagir — e deu início a um movimento que ecoaria pelo mundo. Lideradas por figuras como Marsha P. Johnson e Sylvia Rivera, as pessoas ocuparam as ruas por seis dias e transformaram a dor em resistência. Hoje, mais de cinco décadas depois, a imagem do dia mostra a Parada do Orgulho na mesma cidade onde tudo começou.

A imagem de hoje mostra a Cruziohyla calcarifer, uma rã arborícola de aparência impressionante, com pernas coloridas, olhos dourados e pés pegajosos que a ajudam a se mover com agilidade pelas copas das árvores. Essa espécie vive em florestas tropicais de terras baixas, geralmente abaixo dos 500 metros de altitude, e é ativa principalmente à noite.

Na costa da Austrália, perto de Bermagui, uma figura silenciosa se curva em direção ao mar: a Horse Head Rock, vista na imagem, parece um cavalo mítico, eternamente prestes a beber das ondas. Com cerca de 500 milhões de anos, essa escultura natural moldada por marés e ventos atrai aventureiros e fotógrafos, especialmente ao amanhecer, quando sua silhueta se destaca contra o céu. O acesso pela areia, possível apenas durante a maré baixa, permite sentir de perto a imponência dessa sentinela ancestral. Ao fundo, ergue-se Gulaga, montanha sagrada para o povo Yuin, habitantes originários da região. Para eles, ela é mais do que um marco geográfico: é uma presença viva, carregada de significado espiritual.

Visto na imagem, o Glastonbury Tor se ergue solene sobre os campos verdes de Somerset, na Inglaterra. No topo, a torre da antiga Igreja de São Miguel exala mistério — há quem acredite que ali esteja a entrada de Avalon, terra lendária ligada ao rei Arthur e à magia celta.

Já pensou em contemplar um pôr do sol que transforma o céu em um grande painel de tons suaves? A imagem do dia mostra Araraquara, no interior de São Paulo, em um desses momentos em que a natureza parece caprichar nos detalhes. O nome da cidade vem do tupi-guarani e, segundo a interpretação mais aceita, significa “morada do sol” — expressão que traduz seus dias claros, o clima acolhedor e a luz que parece durar mais tempo por ali. Seu pôr do sol é um ritual silencioso que colore o céu de laranja, rosa e dourado, pintando os telhados, as árvores e até o ar com uma luz suave e quente. Em fins de tarde assim, tudo ganha contornos mais leves.

Berlim é famosa por sua energia; Munique, pela cerveja — mas Dresden, no estado da Saxônia, guarda algumas das memórias mais marcantes da Alemanha. A chamada “Florença do Elba” foi quase destruída em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial. Assim como Rio de Janeiro e São Luís, que também enfrentaram grandes incêndios, enchentes e conflitos, Dresden precisou se reinventar. As marcas desses eventos extremos são centros históricos reerguidos, estilos arquitetônicos sobrepostos e novos modos de vida, nascidos da necessidade de reconstrução.

O Dia Mundial das Florestas Tropicais chega para nos lembrar que esses ecossistemas exuberantes são muito mais do que cenários: são o coração pulsante do planeta. As florestas tropicais cobrem apenas cerca de 6% da superfície terrestre, mas abrigam metade de todas as espécies de plantas e animais do mundo. Além disso, regulam o clima, mantêm os ciclos da água e sustentam milhões de pessoas, inclusive comunidades indígenas, guardiãs desse patrimônio.

No dia 21 de junho, celebramos o Dia Mundial da Girafa, uma data que nos convida a olhar além das fronteiras e apreciar a beleza da Tanzânia — lar das icônicas girafas-masai. Com suas manchas irregulares e elegantes, essas gigantes percorrem as vastas planícies do Serengeti — cujo nome vem da palavra Maasai “seringit”, que significa “planícies sem fim”.

Hoje começa o inverno no Brasil e, em Santa Catarina, ele chega como uma maré baixa: discreto, mas cheio de presença. O ar fica mais fresco, as cores mais suaves e a paisagem, como a registrada na imagem, parece respirar em outro compasso. É também nessa época que as baleias-francas se aproximam da costa, vindas do sul em busca de águas mais calmas para dar à luz e cuidar de seus filhotes. Entre junho e novembro, esses gigantes podem ser avistados perto da areia, lembrando a relevância ambiental do litoral catarinense.

Hoje estamos diante de uma cachoeira onde é possível caminhar por trás da queda-d’água e assistir ao pôr do sol emoldurado por uma caverna. Essa é a experiência única que Seljalandsfoss, na Islândia, oferece. Com 60 metros de altura, esta cascata islandesa é alimentada pelo rio Seljalandsa, que nasce da geleira vulcânica Eyjafjallajökull — famosa por sua erupção em 2010, que impactou o tráfego aéreo europeu. À noite, refletores iluminam a queda-d’água, criando um cenário que atrai fotógrafos e amantes da natureza do mundo todo.

Você já parou para pensar no trabalho silencioso que sustenta a vida ao nosso redor? A polinização é um desses processos invisíveis, mas essenciais. Pássaros, morcegos, abelhas, borboletas, besouros e outros animais desempenham um papel vital na reprodução de quase 90% das plantas com flores — incluindo muitas das frutas, legumes e castanhas que fazem parte da nossa alimentação diária.

Antes de chegar à praia, você ouve o sussurro das folhas no ar salgado, o ranger dos troncos retorcidos, o silêncio de um mundo antigo. Bem-vindo à floresta marítima da Ilha de Cumberland, nossa imagem do dia, situada na costa atlântica da Geórgia, Estados Unidos. Névoa salina, solo arenoso, furacões? As árvores daqui resistem a isso e a muito mais. Os arbustos de carvalho podem até se curvar, mas nunca quebram.

Capacetes naturais e ritmo tranquilo: assim vivem as tartarugas-marinhas, como a registrada aqui, em Fernando de Noronha. Há mais de 100 milhões de anos, essas incríveis navegadoras cruzam os oceanos — muito antes do surgimento do famoso Tiranossauro. Hoje, no Dia Mundial da Tartaruga-Marinha, celebramos sua longa jornada e seu papel fundamental na manutenção do equilíbrio dos mares.

Na imagem do dia, direto do Parque Nacional Torres del Paine, na Patagônia chilena, vemos um macho de nandu-de-darwin com seus filhotes. Essa espécie é parente próxima da ema brasileira e compartilha com ela um comportamento fascinante: é o macho quem cuida dos ovos e dos filhotes, guiando-os, protegendo-os e até adotando órfãos de outros ninhos. Curiosamente, um único macho pode cuidar de até 50 filhotes ao mesmo tempo, formando verdadeiras “creches” ambulantes.